Na Casa de Swing
Ela estava com os cotovelos apoiados no peitoril perto da escada e com o rosto apoiado nas mãos. Como ela estava diferente! Tinha perdido o jeito e os gestos bruscos de moleque, havia se tornado uma “mulher”, enfim. Fui até ela e, aproximando-me por trás, beijei seu ombro à mostra, ao que ela se afastou, fingindo indignação:
— Você não muda nunca, né?!
— Como vai minha priminha mais linda e gostosa? Tá se divertindo muito?
— Muito. Demais. Como nunca na vida. – ironizou ela, com um sorriso.
Era aniversário de uma tia e nossos pais tinham feito questão de que fôssemos para festa, um jantar meio pomposo e chato com todos os parentes. Não tínhamos muita escolha, era o “socialmente aceitável”. Já fazia alguns anos que não via Emiko, que todos chamávamos de “Emi”, e não foi tão surpreendente notar que parecíamos completos estranhos um ao outro, mesmo tendo passado a infância e a adolescência juntos, mesmo tendo perdido a virgindade juntos.
— Namorando? – tateei.
— Mais ou menos. Tenho saído com uns caras do trabalho.
— Como assim “uns caras”? Você dá pra todo mundo do seu trabalho??
— Qual o problema? – ela riu.
— Nenhum... só queria saber...
— Na verdade eu saí com um, mas comecei a namorar outro, mas acho que o primeiro era mais legal, então agora eu saio com os dois. E você?
— Só na putaria...
— Putaria tipo o quê? Me conta!
E contei sobre as festinhas em repúblicas, sobre casas de massagem e de swing, shows de sexo explícito ao vivo... e, para minha surpresa, ela me olhava com uma fisionomia cada vez mais interessada a cada narrativa.
— Já foi pra uma casa de swing?
— Não... me leva? – falou, em tom de brincadeira.
— Claro que levo... quer ir agora? – continuei a brincadeira.
— Vamos, vou só pegar a bolsa.
E em minutos ela voltou com a bolsa mesmo.
— Você está falando sério?? – duvidei.
— Seriíssimo.
Inventamos uma ida a um barzinho ali perto e saímos.
Levei-a para a “Boys & Girls”, que era a melhor casa de swing que eu conhecia na cidade.
***
Por fora parecia uma danceteria comum. Na entrada havia uma pequena fila e senti que alguns casais me olhavam da ponta do cabelo até a ponta dos pés... tentei fingir que já era habituée do local. Peguei na mão do Akio.
Dentro era um pouco escuro. Mas aos poucos meus olhos foram se habituando à semi-escuridão. Havia um bar com uma bancada bem comprida e, na frente da bancada, a pista de dança, com fracas luzes piscantes, a banda tocando e alguns dançando. Olhei ao redor, havia uns sofás próximos às paredes, onde casais se amassavam. Quase ao nosso lado, tinha um cara sentado perto da bancada do bar, com uma garota entre suas pernas... ele tinha subido a saia dela e estava tirando sua calcinha enquanto lambia seu pescoço e olhava para mim! Akio contemplava o meu espanto e a minha tentativa de me “aclimatizar” ao ambiente.
— O que tem lá em cima? – gritei para o Akio ouvir, apontando uma escada que dava acesso a um corredor escuro.
— Lá tem as salas privadas... é lá que o povo trepa!! – gritou ele no meu ouvido.
Ficamos um tempo no bar, até que, já meio tontos, ele me pegou pela mão e disse que ia me mostrar uma coisa. Eu estava começando a ficar excitada com aquilo tudo.
Do lado da pista havia um corredor penumbroso, com pequenas luzes de sinalização no piso, que dava para uma porta semi-aberta, de onde vinham risos, gritos e gemidos. Segurei mais forte a mão do Akio, que assumiu a dianteira e me puxou para dentro da sala, onde reinava a escuridão. Só se ouvia barulhos de beijos, chupadas, gemidos abafados, risinhos.
— A gente sai quando você quiser – cochichou o Akio no meu ouvido.
Com a parca luz que entrava pela porta semi-aberta, consegui delinear alguns corpos se movendo, ritmados, algumas pessoas estavam completamente nuas, outras só de cueca ou calcinha. Acho que só eu e o Akio continuávamos vestidos. Pouco tempo depois, senti a aproximação de uma pessoa, uma mulher, que se ajoelhou aos pés do Akio, abriu seu zíper e começou a chupá-lo. Eu ainda estava tentando assimilar aquilo tudo, quando um cara me agarrou por trás, acariciando meus peitos por cima do vestido, enquanto esfregava seu instrumento em mim. Nisso veio uma mulher, que se agachou aos meus pés e começou a passar a mão nas minhas pernas, nas minhas coxas. Eu já estava molhada, quando ela subiu meu vestido, afastou o elástico da calcinha e começou a me chupar; passava de leve a língua nos pelinhos e depois no meu moranguinho, enquanto o cara continuava a se esfregar em mim, a acariciar meu corpo, a lamber meus mamilos por cima do vestido. Quando abri os olhos um pouco vislumbrei o Akio sendo cavalgado por uma mulher no sofá. Fiquei excitada e lembrei de como ele mandava bem quando transávamos. A mulher baixou a minha calcinha e continuou lambendo a minha xoxotinha molhada e cheia de tesão, depois o cara me penetrou com os dedos enquanto eu batia uma pra ele; nessa hora a mulher trocou de posição e começou a chupar os meus seios e percorria suas mãos pelo meu corpo. Quando estava prestes a gozar, afastei a mão do cara e pedi para que ela me chupasse e me penetrasse. Entre gemidos, gozei... fiz com que o cara gozasse também e senti quando seu jorro quente escorreu pela minha perna, depois dei a entender que não queria mais e o casal se afastou. Agora o Akio estava sendo chupado por duas mulheres, fui até ele e falei que estava saindo dali, ia esperar no bar. Ele assentiu.
***
Ela então caminhou até o bar e sentou-se de modo que suas intimidades não ficassem à mostra, em uma mesa próxima ao bar, afinal, sua calcinha havia se perdido em Sodoma ou em Gomorra e ela nunca mais a encontraria. Agora havia mais pessoas na pista e casais pelos cantos. Pediu uma vodca e ficou esperando Akio. Depois de um tempo, notou que um casal sentado em um dos sofás olhava para ela e cochichava. Ela se sentiu um pouco desprotegida, mas fingiu não notar os olhares cada vez mais constantes.
Akio chegou no momento em que a vodca de Emi acabava. E pediram mais bebida. Até que a mulher que observava Emi, uma loira com seios fartos que Akio achou atraente logo de cara, chegou até eles, se apresentou como Alice e propôs irem para as salas privadas. Eles toparam ir depois de terminarem de beber e convidaram-nos a beber também. O homem, um moreno, tipo latino, se juntou a eles a seguir, apresentando-se como Paulo. E, depois da bebida, subiram as escadas em direção às salas privadas.
Encontraram uma sala desocupada, entraram e, à meia luz, começaram a se despir uns aos outros. Paulo beijava o pescoço de Emi, enquanto passava a mão em suas coxas e traseiro, subia seu vestido lentamente, aproveitando para sentir cada centímetro de seu corpo. Alice havia encostado Akio na parede e parecia querer devorá-lo, chupava-o e mordia todo seu corpo.
Depois de nus, foram todos para cama, até Paulo, que parecia ser o mais experiente, propôs que Alice, sua esposa, e Emi transassem enquanto ele e Akio só observariam, afastados. Elas então começaram a se beijar e a se acariciar. Fizeram um meia-nove espetacular, enquanto Paulo e Akio se masturbavam nos cantos do quarto e gozaram com o gozo delas. Emi estava por cima de Alice quando eles quiseram entrar na brincadeira. Emi chupou o membro já ereto de Paulo com vontade; lambia a pontinha e depois engolia-o todo, até que ele gozou em seus seios... mas ela pediu mais, pediu para que a comesse de quatro e ele atendeu seu desejo: depois de colocar a camisinha, agarrou-a por trás, pelo quadril, e ficou passando a ponta de seu pau na xoxota encharcada dela para lubrificá-lo, o que a deixou ainda mais excitada:
— Me come agora!!
E ele penetrou-a de uma vez, alternando estocadas fortes com outras mais suaves, até que ele gozou e, pouco tempo depois, ela também desfaleceu de tanto prazer.
Enquanto isso, Akio fizera com que Alice se sentasse no sofá e chupava-a com voracidade. Depois foram para a cama, onde ela pediu para que ele e Paulo a penetrassem ao mesmo tempo, pedido que foi prontamente atendido. Primeiro Paulo lambeu seu anelzinho, fazendo com que ela relaxasse, e penetrou-a por trás, Akio, do outro lado, penetrou sua xoxota úmida e quente. Enquanto isso, Emi havia se sentado no sofá para assistir à cena e, não agüentando, começou a se tocar, passando o dedinho sobre o moranguinho e depois se penetrando com um e depois dois dedos. Por uns instantes sentiu que estava vendo um filme pornô e gozou assim que eles trocaram de posição e viu Alice, de quatro, engolindo Akio e sendo, ao mesmo tempo, comida por Paulo.
Depois de mais alguns orgasmos grupais, Emi falou que queria ir embora. Akio só entendeu a pressa de Emi no carro:
— Vamos pro motel... quero dar a noite inteira só pra você, como nos velhos tempos.
E a noite se prolongou por várias horas.
Escrito por Sumire