Na Madrugada
Conheci a Carol em um chat, uma dessas salas por idades. Ficamos teclando lá um bom tempo e acabamos no Messenger. Depois deste dia, as conversas foram ficando mais freqüentes e interessantes, tínhamos opiniões divergentes sobre uma série de assuntos e isto nos levava a tentar entender a postura do outro e a repensar a nossa. Entre os tópicos de discórdia estavam “sexo casual” e “relações com pessoas comprometidas”. Eu, sempre a favor, e ela, contra. Depois de um tempo, acabou me contando que estava saindo de um relacionamento de quase dois anos com um rapaz noivo de outra. Começou como sexo casual com alguém comprometido e, ao longo do tempo, ela acabou se apaixonando. Saiu extremamente machucada desta história, o que me ajudou a compreender suas posições.
Continuamos a teclar quase que diariamente e fui ficando cada vez mais fascinado por ela, por sua capacidade de argumentação e argúcia nas respostas. Acabamos trocando fotos e foi aí que descobri que, além de ser uma grande companhia, era também uma sansei extremamente atraente. Pequena e com um rosto lindo, comecei a desejá-la. Claro, isto transpareceu nas nossas conversas, não conseguia disfarçar. Eu morava sozinho, mas era comprometido, ela sabia disto, mas eu sentia (ou queria sentir) que era correspondido. E sempre que a conversa enveredava por temas sexualmente mais íntimos, ela desconversava ou acabávamos discutindo – chegamos, em um momento, quase a parar de teclar. Por outro lado, a empatia sempre foi muito grande, continuamos a conversar, agora também por telefone, como grandes amigos, que sabiam de detalhes da vida do outro que “amigos reais” desconheciam. Ela permitia algumas frases de duplo sentido, como quando, de madrugada, nos despedíamos para ir dormir:
- Vamos para a cama?
Respondia: “na sua ou na minha” ou, então, “me leva no colo?”, sempre em tom de brincadeira. Esta era a maior intimidade virtual possível. Descrever o que faria com ela na cama, nem pensar, discussão séria com certeza. A única outra “brecha íntima” acontecia quando me falava de suas lingeries, gostava de usar as pequenas, insinuantes, bem sexy. Isto era uma tortura, ficava tomado de desejo ao imaginá-la assim. Não queria perder sua amizade, por isto me policiava para não ser mais incisivo e não tocar em assuntos que viraram “tabu”.
Numa madrugada de sábado para domingo, depois de teclar por muito tempo, nos despedimos. Perguntei:
- Vamos para a cama?
- Na sua ou na minha?
- Você escolhe.
- Então vem aqui, meus pais estão viajando, estou sozinha em casa. Mas tem uma condição, vai ter que me carregar no colo até a cama.
- Claro, faço o que você quiser.
Rimos, desconectamos e fui dormir. Já estava no sétimo sono, quando meu celular toca:
- Oi! É a Carol, desculpe ter te acordado....
- Oi, não tem problema... mas o que foi?
- Tô me sentindo tão sozinha... Falando sério, não quer vir aqui? Quero colo... Você é meu melhor amigo....
Não sabia o que falar, nem estava acordado o suficiente para pensar. Silêncio.
- É sério... Tô com medo de dormir sozinha aqui em casa. Por favor, vem aqui.
- Tem certeza?
- Sim...
- Então me dá o endereço.
Confuso, mas excitado, lá fui eu. Me perdi perto da casa dela, tive que ligar para me explicar o caminho. Três horas da manhã. Cheguei. Mal toquei a campainha, ela já veio abrir o portão, de baby-doll. Era mais bonita ainda do que nas fotos e, vestida daquele jeito, estava sexy, muito sexy. O baby-doll curtinho transparecia uma bundinha malhadinha, mostrava coxas bem torneadas, que não apareciam nas fotos. Os seios, pequenos, imprimiam um contorno discreto, mas insinuando serem durinhos, pontudos.
- Não imaginava te conhecer assim, desse jeito. Mas eu tô me sentindo tão sozinha... Obrigada por ter vindo... Entra...
Fomos para a sala.
- Mas o que foi?
- Bateu uma solidão, uma insegurança tão grande quando fui pra cama... Me senti tão desprotegida...
Começamos a conversar, o papo fluía muito bem, como se já nos conhecemos havia muito tempo. Aos poucos, ela foi se soltando. Contou que desde que terminou aquele relacionamento sentia-se muito sozinha. Mais um pouco, contou que desde então também estava sem fazer amor (mais de seis meses). Perguntei do que mais sentia falta.
- Companhia, colo... – respondeu, deitando sua cabeça nas minhas coxas.
Comecei a acariciar seu rosto, a lhe fazer cafuné. Ficou quietinha, a cabeça aninhada no meu colo, abraçou minha cintura e falou:
- Você é tão gentil, tão carinhoso...
- Imagina... Tá se sentindo melhor agora?
- Sim... Bem mais relaxada, que está até me dando um soninho... Vamos pra cama?
- Na sua ou na minha? – falei, rindo da nossa brincadeira...
- Na minha! – e riu também.
- Quer que te leve no colo?
- Quero sim!
Não sabia se estava falando sério ou apenas dando seqüência à nossa brincadeira virtual. Ela percebeu minha hesitação, ficou quietinha, mas seus gestos disseram tudo: abraçou meu pescoço e descansou a cabeça no meu peito. Levantei-me, segurando-a no colo.
- Segue o corredor, é o quarto do fundo.
Segui até lá, acendi a luz, deitei-a na cama. Ela se virou, ficando de bruços, o rosto virado para mim. Nisso, o baby-doll subiu, deixando à mostra sua linda bundinha e uma calcinha pequena e sexy.
- O que tá olhando?
Fiquei vermelho. Nervoso, acabei sendo sincero:
- A sua bundinha... É linda...
Mirano Matsushita
Sentou-se na cama, me encarou nos olhos e perguntou à queima-roupa:
- Você sente tesão por mim?
- Sinto sim... Achei que já tivesse percebido isso...
- Eu também sinto. Nunca quis demonstrar, medo de me machucar de novo e de perder a nossa amizade, que eu curto tanto... Sempre que terminávamos de teclar no messenger, eu me deitava aqui e ficava imaginando o que faria comigo se estivesse na minha cama. Isso me excitava muito e eu acabava me tocando. Depois de gozar, conseguia dormir tranqüila....
- Você imagina que eu fazia o mesmo, né?
- É... tenho certeza que sim... Sempre achei que tinha tesão por mim...
Nisso ela me puxou pela mão, sentei-me na cama ao seu lado. Acariciei seu rosto e nos beijamos. Os lábios grudados, as línguas se tocando, eu acariciei seu pescoço, depois suas coxas. Suas mãos primeiro percorreram meu corpo e, depois, desabotoaram minha camisa. Beijou meu tórax, minha barriga. Deitei-me, ela abriu minha calça e a tirou. Acariciou-o, duro, por cima da cueca. Colocou sua mão por debaixo dela e me masturbou um pouco, antes de tirá-la também. Beijou minhas coxas e foi subindo, até chegar nele. Beijou-o, lambeu e depois começou a me chupar, no início tímida, mas depois, quase voraz. Deitou-se por cima de mim, me beijou e depois deitou-se ao meu lado. Deixei-a nua, beijei seu pescoço e depois seus seios, chupei seus biquinhos, durinhos. Em um banho de língua, desci até suas coxas. Timidamente, afastou suas pernas e beijei seu sexo, melado e quente. Passei a língua em volta, na entradinha, apertei seu clitóris intumescido entre meus lábios, chupei-a até gozar na minha boca. Refeita, falou:
- Péra aí, vou buscar uma camisinha no quarto do meu irmão, sei onde ele esconde.
Enquanto eu colocava a camisinha, ela me esperou de quatro na cama. Encaixei a cabecinha e a penetrei devagar. Segurando firme pelos quadris, comecei a mexer. Ouvindo seus gemidos, ficava cada vez mais excitado, aumentado meu ritmo. Senti-a gozar, em fortes e repetidas contrações. Não consegui mais me segurar e gozei também.
Conversamos um pouco e adormecemos, entorpecidos.
De repente, sou acordado por um bip alto e repetitivo. Olho em volta, vejo meu quarto. Olho do outro lado da cama, não vejo ninguém.