DE VERÃO
A noite já não era nenhuma criança. Uma jovem, iluminada pelo desejo, guiada pela intensidade fugaz de uma estrela cadente. Esta era a noite de Nara.
Verão. Lua cheia. O vento morno trazia sutil maresia. A repetição constante das ondas quebrando emprestavam-lhe o ritmo natural, o compasso lento e pausado. O coração acelerado, bombardeado pela adrenalina do momento, cedeu. Queria paz, a sensação de extinção que só um forte orgasmo proporcionaria.
Consentiu. Tirou a parte de cima do biquíni. Deitada na canga estendida na areia, ofertava seus seios túrgidos, seus mamilos eretos. Agora totalmente nua. Antes de guiar sua mão até seu sexo, sentiu a liberdade de ser lambida intimamente pelo vento voluptuoso.
Não era mais a mão, e sim seus lábios, sua língua. Junto com uma onda quebrando, o primeiro gozo.
De joelhos, apoiada nos braços. Olhando o mar, recebeu a brisa lenta e constante em seu rosto e seu homem abrupto, frenético e acelerado dentro de si. Uivou para a lua. Gemeu para seu homem. Sentiu seu jato e seu calor fugaz em sua mais recôndita intimidade.
Extinção. Apenas a brisa, a areia e o lento ritmo das ondas.