Aula de Pintura
Vivian Hsu
Aula de Pintura
Comecei a pintar apenas como hobby, aos 16 anos, influenciado pelo meu avô, artista plástico famoso em São Paulo. Fui tomando gosto pela coisa e acabei fazendo o curso na Belas Artes. Estava, então, no último ano e nunca tinha exposto ou participado de concursos. Por insistência do meu avô, acabei me inscrevendo em uma mostra relacionada à comemoração dos 100 anos de imigração japonesa. Sempre adorei pintar a nudez feminina e a delicadeza do corpo das orientais me fascinava. O único problema é que todas as modelos que conhecia eram ocidentais. Tinha uma colega de turma que era sansei, lindíssima, mas extremamente reservada. De qualquer forma, resolvi tentar a sorte e convidá-la para posar. Quando lhe fiz a proposta ficou vermelha, encabulada, mas, de tanto insistir, prometeu que pensaria no assunto. Dois dias depois, veio conversar comigo. Disse que toparia, pois achava que era importante para sua formação conhecer o outro lado, saber o que a pessoa sente quando está posando. Fiquei atônito, tinha como certo que a resposta seria não. Combinamos a primeira sessão para a tarde seguinte, na minha casa.
Quando ela chegou, tomamos um chá e conversamos amenidades para quebrar o gelo. Fomos até o quarto que transformei num “atelier” improvisado. Expliquei que queria pintá-la nua, da cintura para cima, e pedi que tirasse a blusa e o sutien. Percebi que relutou um pouco, foram alguns segundos de silêncio até que começasse se despir. Estava com um lindo colar azul, que pedi que deixasse. Ela tinha um corpo lindo, delicado e um rosto inocente, angelical. Comecei a trabalhar, mas não conseguia me concentrar. Toda aquela suavidade mexia comigo, me instigava, me excitava. Aqueles seios pequenos, perfeitos tiravam minha atenção. Queria beijá-los, a boca, o rosto, tudo. Mas o seu profissionalismo, sua serenidade, sua seriedade impediam que eu fizesse qualquer coisa além de pintar. Quando me dei conta, já eram seis da tarde e ela precisava ir, trabalhava à noite para pagar o curso. Combinamos que ela viria nos próximos três dias, no mesmo horário, para que eu pudesse terminar.
Os dois dias seguintes, foram semelhantes. Quando a campainha tocava no horário combinado, a excitação já tomava conta de mim. Seguimos o mesmo ritual do primeiro dia. No “atelier” praticamente não conversávamos. Eu tentava pintar, tomado cada vez mais pelo desejo, e ficava imaginando no que ela pensava durante as horas em que estava imóvel, posando. Apesar de sufocado pela excitação, não tive coragem de tentar qualquer coisa.
O terceiro e último dia começou da mesma maneira. Quando fomos para o atelier, ela viu a pintura já tomando sua forma final e comentou que achava que estava mais bonita lá do que quando se via no espelho. Respondi que seria impossível superar a delicada perfeição das suas formas. Ficou meio vermelha, ameaçou falar algo, mas desviou o olhar para o chão e preparou-se para posar a última vez. Eu olhava para a pintura, mas conseguia ver apenas o meu desejo: ela sentada, sendo beijada, acariciada por mim. Estava transtornado com sua beleza. Não olhava para ela, apenas para a tela, numa tentativa desesperada de conseguir me controlar. Quando finalmente encarei seu rosto novamente, percebi uma expressão totalmente diferente. As bochechas mais vermelhas, os olhos semicerrados e os lábios apertados. Olhei um pouco mais para baixo, os seios, os mamilos estavam túrgidos. Olhei mais para baixo ainda e vi que estava com uma mãozinha por dentro da saia, se acariciando. Fiquei estático, o pincel caiu da minha mão. Nisso, olhou para mim, com o desejo estampado em seu rosto:
- Esses três dias foram uma tortura para mim. Enquanto estava aqui seminua, posando e você, compenetrado na sua pintura, só conseguia pensar em como seria bom se você me beijasse, acariciasse meus seios, meu corpo, meu sexo. Nos três dias saí daqui com a minha calcinha úmida e nos três dias a primeira coisa que fiz quando cheguei em casa foi me masturbar. Te quero! Te quero muito!
- Nesses três dias não consegui pintar direito, excitado pela sua beleza. Enquanto trabalhava, só conseguia pensar em como seria bom te ter, beijar seus lábios, seus seios, possuir o seu corpo. Nesses três dias, a primeira coisa que eu fazia quando você ia embora era me masturbar. Também te quero! Te quero muito!
Tomei-a em um abraço forte, beijei seus lábios quentes, nossas línguas se tocaram pela primeira vez. Apertei-a contra mim e acariciei seu lindo dorso. Acariciei seus seios, seus mamilos intumescidos de prazer. Beijei seu pescoço e desci com minha boca ávida até seus seios. Chupei-os com voracidade, enquanto acariciava sua bundinha, já com minhas mãos por debaixo de sua saia. Tirou minha camisa e me abraçou, sentia agora seus mamilos roçando em meu peito. Pegou minha mão esquerda e colocou-a em um de seus seios. Depois guiou a direita até o seu sexo. Estava quente e molhada, muito molhada. Comecei a acariciá-la, rapidamente gozou na minha mão. Então se ajoelhou na minha frente e terminou de me despir. Acariciou minhas coxas e foi subindo com suas mãozinhas até encontrá-lo, duro de tesão. Masturbou-me um pouco e depois o beijou todinho, antes de colocá-lo em sua boca. Chupava avidamente, como se tivesse esperado a vida toda por isso. Não agüentava mais, pedi para penetrá-la. Fui até o banheiro pegar uma camisinha e quando voltei, ela estava totalmente nua, sentada de pernas abertas no banquinho. Toquei seu sexo com meus lábios, acariciei-o com a língua, suguei seu pequeno clitóris, túrgido de prazer. Ela novamente gozou, agora em minha boca. Ainda gemendo, pediu para ser penetrada. Levantou-se, ficou de costas para mim, pernas entreabertas, reclinou-se para frente, apoiando-se no banquinho. Coloquei a camisinha e fiquei esfregando a ponta no clitóris e na entradinha, o que a deixou com ainda mais tesão. Implorou que a penetrasse. Tomei-a firme pelos quadris e entrei de uma vez, até bater no fundo. Meus movimentos iam ficando cada vez mais fortes e rápidos, ritmados. Enquanto a penetrava, acariciava, por trás, aqueles lindos seios, que balançavam no meu ritmo. Nossa respiração foi ficando ofegante, forte, ela gemia baixinho, apenas para mim. Ela gozou, senti forte as suas contrações, isso me deixou louco. Explodi em diversos jorros de prazer dentro dela.
Deitamos no chão, abraçados, entorpecidos de prazer, sem falar nada. Apenas o êxtase.
Infelizmente já eram seis horas, ela precisou ir. No dia seguinte, na faculdade, conversamos. Era noiva. Mas continuamos a nos ver por quase um ano, quando ela casou e mudou de cidade. Quanto ao concurso, não ganhei nada. Mas guardo essa pintura até hoje no meu atelier.