Às Escuras
Eram seus últimos dias naquela cidade, naquele hotel, seu local de trabalho temporário. Estava cansada. Havia quase seis meses fora mandada pelo chefe para supervisionar a implantação de um novo sistema na rede de hotéis para a qual trabalhava. Mas estava feliz, pois seu trabalho ali já estava quase finalizado e poderia voltar para casa e para o trabalho no outro hotel, onde se sentia mais confortável.
No dia seguinte, outro bilhete: “Hoje você estava muito sexy com o cabelo preso. Pude vislumbrar seu pescoço alvo e macio e desejei percorrer todo seu corpo com meus beijos. Por que não foi à sauna ontem? Estarei a sua espera, sempre no mesmo horário”. Um leve arrepio percorreu seu corpo: os bilhetes eram para ela! Quem será que havia escrito aquilo? Lembrou de alguns rostos que vira durante o dia, mas não conseguiu imaginar nenhum deles escrevendo aquele tipo de bilhete. O dia seguinte seria seu último dia ali e achou que deveria aproveitá-lo bem. Iria à sauna.
***
Entrou rapidamente e sentiu o vapor quente tocar sua pele. Assim que fechou a porta, sentiu alguém tocar seu braço. Recuou, amedrontada. Por que tudo estava tão escuro?
— Não tenha medo. Sou eu – sussurrou uma voz masculina.
— Por que está tão escu...
Não deixou que ela terminasse a frase, agarrando-a pela cintura e procurando sua boca. No começo ela resistiu, mas depois se deixou levar, sentiu seu corpo colado ao daquele desconhecido invisível que estava começando a excitá-la ainda mais. As mãos dele percorriam seu corpo arrepiado enquanto a beijava. Foi conduzindo-a em direção aos bancos e fez com que ela se sentasse. Continuou a beijá-la; lábios e línguas se tocavam avidamente. Ela puxou-o para que sentasse ao seu lado, ele consentiu e ela se pôs a tatear melhor aquele corpo que não podia ver, apenas sentir. Ele beijou seu pescoço e desamarrou a parte de cima de seu biquíni, acariciando seus seios primeiro com as mãos e depois com a boca. Sentiu seus mamilos durinhos com a língua, chupou-os com vontade deliciando-se, enquanto ela gemia abafado.
— Eu quero te chupar bem gostoso... – disse ela, acariciando o membro já duro do desconhecido.
Ela então tirou sua sunga e ficou de joelhos para chupá-lo. Lambia a pontinha em movimentos circulares e massageava suas bolas com uma das mãos. Depois começou a passar a língua da ponta até a base, de leve, devagar, deliciosamente, colocando-o todo em sua boca logo em seguida e fazendo movimentos de entra-e-sai cada vez mais intensos. Quando ela sentiu que ele ia gozar, esfregou-o em seus seios e pôde senti-lo quente e pulsante; queria sentir sua seiva quente escorrendo por seu corpo, o que aconteceu alguns segundos depois. Ele fez com que ela se sentasse novamente e começou a beijá-la, beijar seu corpo, mordiscar seus ombros, mamilos e barriga. Fez com que ela se deitasse, abriu suas pernas, beijando o interior de suas coxas, sentindo-a estremecer de prazer. Afastou seu biquíni, sentindo seu sexo molhado e massageando seu grelinho túrgido e quente.
— Me chupa... me chupa agora... – gemeu ela. Ao que ele obedeceu, arrancando seu biquíni e passando a língua por sua fenda úmida e por seu grelinho pulsante, cada vez mais inchado. Penetrava-a de leve com a língua e lambia-a com vontade. Ela sentia aquela língua quente e voraz percorrendo toda sua xaninha e seu cuzinho e se contraía, soltando gemidos de prazer. Não demorou muito para que o orgasmo viesse, intenso, entorpecente.
Sentiu-o se afastar, chegou a pensar que as coisas acabariam ali, mas não, ele estava colocando a camisinha e provavelmente a faria gozar outra vez. Ela se levantou e puxou-o para si. Seu corpo era quente e musculoso, envolveu-o num abraço, sentindo seu sexo novamente rijo roçar no seu. Beijavam-se, enquanto ele percorria seu corpo com as mãos e ela fazia o mesmo. Colocou-a contra a parede, erguendo uma de suas pernas e penetrando-a de uma vez, fazendo com que ela gemesse e se agarrasse a ele com mais força. Ambos emitiam gemidos abafados, até que, sentindo o gozo iminente dela, ele gozou e, depois de alguns minutos, o mesmo aconteceu com ela. Afastaram-se, exaustos.
— É melhor eu ir agora, antes que apareça alguém.
— Foi ótimo, obrigado por vir.
— Para mim também foi muito bom... – disse, saindo.
Na sala ao lado, com o robe na mão, surpreendeu-se ao perceber que ele a observava através de uma fresta na porta. Ficaram parados, absortos naqueles instantes; em vão, ela tentou delinear o rosto do desconhecido que lhe dera tanto prazer, enquanto ele a fotografou em sua memória: não queria esquecer.
Escrito por Sumire