Império dos Sentidos
Para Sayuri
Eu sentia suas mãos e sua boca percorrendo meu corpo, sem pressa nem ansiedade, um pouco trêmulas (mãos e boca – na verdade, toda ela), talvez. Imersas num aquário silencioso, nada mais parecia existir. Escancarados nossos sentidos, prestávamos atenção. Fechava os olhos para poder sentir mais, me misturar completamente aos sons que ela sussurrava ao meu ouvido e que eu já não compreendia – meu corpo em completo torpor.
Eu sentia seu cheiro – flor que de repente se abre – se impregnando em minha pele, seus mamilos intumescidos se oferecendo à minha boca como cerejas maduras que se balançam no pé, minhas mãos percorriam sua pele macia, explorando seus pontos fracos. Eu a tocava entre as pernas para senti-la pulsante e quente e úmida, penetrava-a com jeito para ouvi-la gemer baixinho em meu ouvido e beijar meu pescoço, fazendo com que eu a quisesse ainda mais. E depois eu repetia o percurso com a língua e seu gozo vinha – violento e manso – em minha boca.
Nos recuperávamos entre carícias com olhos ou mãos até começarmos tudo outra vez, escravas voluntárias do prazer.
Eu sentia suas mãos e sua boca percorrendo meu corpo, sem pressa nem ansiedade, um pouco trêmulas (mãos e boca – na verdade, toda ela), talvez. Imersas num aquário silencioso, nada mais parecia existir. Escancarados nossos sentidos, prestávamos atenção. Fechava os olhos para poder sentir mais, me misturar completamente aos sons que ela sussurrava ao meu ouvido e que eu já não compreendia – meu corpo em completo torpor.
Eu sentia seu cheiro – flor que de repente se abre – se impregnando em minha pele, seus mamilos intumescidos se oferecendo à minha boca como cerejas maduras que se balançam no pé, minhas mãos percorriam sua pele macia, explorando seus pontos fracos. Eu a tocava entre as pernas para senti-la pulsante e quente e úmida, penetrava-a com jeito para ouvi-la gemer baixinho em meu ouvido e beijar meu pescoço, fazendo com que eu a quisesse ainda mais. E depois eu repetia o percurso com a língua e seu gozo vinha – violento e manso – em minha boca.
Nos recuperávamos entre carícias com olhos ou mãos até começarmos tudo outra vez, escravas voluntárias do prazer.
Escrito por Sumire