Paredes
- Isso, mete forte! Mete fundo! Mais rápido!
- Sua puta... safada... você adora levar vara, né? Vadia...
- Me põe de quatro, meu tesudo! Quero gozar de quatro!
João colocou Midori de quatro. Ela empinou sua bundinha deliciosa, pernas entreabertas, e encostou seus seios túrgidos de tesão no lençol. Nesta posição sua bucetinha se mostrava em sua plenitude, inchada, melada, exalando um cheiro intenso de sexo. João encostou a ponta de seu pau na entradinha e penetrou rápido, como que sugado, de tão molhada que estava. Midori gemia, urrava, apertava o lençol entre suas mãos. João arfava, testa e peito molhados de suor, e tentava segurar seu gozo, para prolongar ao máximo aquele momento de prazer. Após uma série de estocadas firmes e ritmadas, gozaram. João foi tomar uma ducha e vestiu-se. Midori permanecia deitada, imóvel, aparentemente dormindo. João saiu do quarto.
João e Midori eram médicos. Com casamentos falidos. Conheceram-se em um Congresso sobre “Avanços Terapêuticos na Dislipidemia Associada ao Diabetes”. Ambos sozinhos, acabaram sentados lado a lado no jantar de abertura. A conversa formal, após alguns copos de vinho, deu lugar a piadas, pseudo-intimidades e logo perceberam diversos pontos em comum – inclusive o de estarem hospedados no mesmo hotel, no mesmo andar. João acompanhou Midori até seu quarto.
- Não quer entrar? A vista da praia daqui é linda!
João entrou. Viu a praia, a boca, os seios, as coxas. E viu-se iniciando um tórrido relacionamento extra-conjugal.
Não eram da mesma cidade. Trocavam telefonemas e e-mails picantes. Aprenderam a usar a webcam e em todas as terças-feiras, ao fim do consultório, dedicavam-se a uma sessão de sexo virtual. Passaram a freqüentar todos os congressos possíveis, de modo que se viam pessoalmente a cada dois meses. Mas Midori queria mais. Inventou um “curso de extensão universitária” na cidade de João, com aulas de quinta a sábado, a cada duas semanas. Com essa desculpa conseguia vê-lo mais.
João havia saído do quarto e descido pelo elevador do hotel quando percebeu o horário. Precisava ligar para a sua esposa. Esquecera o celular no quarto de Midori. Voltou. A porta permanecia aberta. Entrou. Viu seu celular em cima da poltrona. E Midori debaixo de um desconhecido, sendo vorazmente penetrada. Entreolharam-se. Uma pequena lágrima escorreu no rosto de ambos. Fechou a porta e voltou para casa.